INICIANDO A SÉRIE: Nunca Arrisque! Sempre Invista! Episodio 1 - OIBR3
Você já ouviu falar da OIBR3, a ação preferencial da Oi, uma das maiores empresas de telecomunicações do Brasil? Talvez você tenha visto ela sendo negociada na B3 por um preço muito baixo, em torno de R$ 0,60, e tenha pensado que se trata de uma oportunidade de ouro. Afinal, quem não gostaria de comprar uma ação de uma empresa tão grande e conhecida por um valor tão irrisório?
Mas cuidado: nem tudo que reluz é ouro. Neste artigo, eu vou explicar por que a OIBR3 é uma das ações que você nunca deve comprar, por não valer o risco. Você vai entender como a empresa chegou nessa situação, quais são os problemas que ela enfrenta, e por que o preço baixo não significa que a ação está barata. Vamos lá?
A história da Oi e da OIBR3
A Oi é uma empresa que nasceu em 1998, a partir da privatização da Telebrás, o antigo monopólio estatal de telefonia. Ela começou como Telemar, uma das operadoras regionais de telefonia fixa, e depois se expandiu para o mercado de telefonia móvel, banda larga, TV por assinatura e serviços corporativos.
Em 2002, a empresa lançou a marca Oi, que se tornou uma das mais populares e inovadoras do setor. Em 2008, a Oi comprou a Brasil Telecom, outra operadora regional, e se tornou a primeira empresa de telecomunicações a ter abrangência nacional. Em 2011, a Oi se associou à Portugal Telecom, uma das maiores empresas do ramo na Europa.
Até aí, tudo parecia ir bem. A Oi era uma gigante do setor, com mais de 50 milhões de clientes, uma receita bilionária e uma forte presença no mercado. Mas por trás desse sucesso, havia uma série de problemas que acabariam levando a empresa à ruína.
Os problemas da Oi e da OIBR3
Um dos principais problemas da Oi foi a sua dívida astronômica. A empresa se endividou muito para fazer as aquisições que mencionamos, e também para investir na infraestrutura e na qualidade dos seus serviços. No entanto, esses investimentos não se traduziram em resultados satisfatórios, e a empresa começou a perder receita e participação de mercado.
Além disso, a Oi teve que lidar com a concorrência acirrada de outras operadoras, como Vivo, Claro e TIM, que ofereciam serviços mais modernos e atrativos para os consumidores. A Oi também sofreu com a queda na demanda por telefonia fixa, que era o seu principal produto, e com a mudança nos hábitos dos clientes, que passaram a usar mais aplicativos de internet do que ligações e SMS.
Outro problema da Oi foi a sua gestão problemática. A empresa teve vários conflitos entre os seus acionistas, especialmente entre os brasileiros e os portugueses, que tinham visões diferentes sobre o futuro da companhia. A Oi também teve dificuldades para se adaptar às mudanças regulatórias do setor, e enfrentou diversas multas e processos judiciais por questões como qualidade, tarifas e direitos dos consumidores.
Todos esses problemas levaram a Oi a uma situação insustentável. Em 2016, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial, o maior da história do Brasil, com uma dívida de mais de R$ 60 bilhões. Desde então, a empresa vem tentando renegociar a sua dívida com os credores, vender ativos, cortar custos e reestruturar o seu negócio.
Mas nada disso parece ser suficiente para salvar a Oi da falência. A empresa continua acumulando prejuízos bilionários, perdendo clientes e receita, e tendo dificuldades para investir e inovar. A sua situação é tão grave que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o órgão regulador do setor, já cogitou a possibilidade de intervir na empresa ou de cassar as suas concessões.
Por que a OIBR3 não vale a pena
Diante desse cenário, fica claro que a OIBR3 não é uma boa opção de investimento. A ação da Oi é uma das mais arriscadas e voláteis da bolsa, sujeita a fortes oscilações e especulações. Além disso, a ação da Oi é uma das mais desvalorizadas e desprestigiadas do mercado, tendo perdido mais de 99% do seu valor desde o seu pico em 2008.
Muitos investidores podem pensar que a OIBR3 está barata, e que pode ser uma oportunidade de ganhar muito dinheiro com uma possível recuperação da empresa. Mas isso é um grande engano. O preço baixo da OIBR3 não significa que ela está barata, mas sim que ela não vale nada.
Isso porque a Oi já fez vários agrupamentos de ações, que consistem em reduzir o número de ações em circulação, aumentando proporcionalmente o seu valor. Por exemplo, em 2018, a Oi fez um agrupamento de 100 ações em 1, ou seja, quem tinha 100 ações passou a ter 1, e o preço da ação foi multiplicado por 100. Isso significa que, na verdade, a OIBR3 já chegou a valer menos de R$ 0,01.
Os agrupamentos têm o objetivo de evitar que a ação seja negociada abaixo de um valor mínimo, o que pode levar à sua exclusão da bolsa. Mas eles não mudam em nada a situação real da empresa, nem o seu valor de mercado. Eles apenas maquiam a sua péssima performance, e enganam os investidores desavisados.
Portanto, não se iluda com a OIBR3. Ela não é uma ação barata, mas sim uma ação sem valor. Ela não é uma oportunidade de ganho, mas sim uma certeza de perda. Ela não é um investimento, mas sim uma aposta. Quem aposta na bolsa, uma hora sai dela, e com lesões não somente na área financeira, mas também psicológica.
Conclusão
Neste artigo, eu expliquei por que a OIBR3 é uma das ações que você nunca deve comprar, por não valer o risco. Você viu como a Oi, uma das maiores empresas de telecomunicações do Brasil, se afundou em dívidas, problemas e prejuízos, e está à beira da falência. Você também viu como o preço baixo da OIBR3 não significa que ela está barata, mas sim que ela não vale nada, e que os agrupamentos de ações são uma forma de enganar os investidores.
Espero que você tenha gostado deste artigo, e que ele tenha sido útil para você. Se você quer saber mais sobre investimentos, acompanhe o meu blog, onde eu compartilho dicas, análises e conteúdos exclusivos sobre o mercado financeiro.
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